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28 julho 2011

Deputado Reguffe mais uma vez dando bom exemplo!

Reguffe foi um dos 28 deputados que compareceram a todas as sessões no primeiro semestre: "Deveríamos ter sessão todos os dias" 

Do total de 572 políticos que exerceram mandato na Câmara no primeiro semestre, apenas 28 tiveram 100% de presença.
Três dias por semana. Eis o número de compromissos semanais obrigatórios para os parlamentares em plenário – em algumas ocasiões, motivos como falta de acordo entre base e oposição e eventual morte de alguma autoridade tornam a semana legislativa improdutiva. Caso não haja justificativa para a ausência (saúde, missão oficial, compromisso partidário) em sessões deliberativas, quando há votação de projetos variados, a falta é computada e há o desconto no salário. Quando a maior parte dos trabalhadores brasileiros é obrigada a trabalhar cinco, até seis dias por semana, a grande maioria dos deputados federais não é capaz de ir ao Congresso nas terças, quartas e quintas-feiras.

Dos 572 deputados que exerceram mandato em algum momento nos últimos seis meses, apenas 28 compareceram a todos os dias de sessões plenárias destinadas a votação. O número corresponde a pouco mais que 5% do total de congressistas que passaram pela Câmara neste ano. Desses, 15 são novatos. Entre os parlamentares desse grupo estão celebridades como o palhaço Tiririca (PR-SP) e o ex-jogador de futebol Romário (PSB-RJ).


A lista de mais assíduos, levantada pelo Congresso em Foco, é formada por parlamentares que compareceram a todas as sessões deliberativas do plenário da Casa. Nessas sessões, são votados os principais projetos de lei, propostas de emenda à Constituição, medidas provisórias e outras proposições legislativas que dão origem às regras legais que regem a sociedade brasileira. No primeiro semestre deste ano, ao todo, foram realizadas sessões para apreciação de matérias em 55 dias do semestre.
Na bancada dos mais presentes em plenário, São Paulo é o estado com o maior número de representantes, com nove deputados entre os mais assíduos. Rio de Janeiro fica em segundo com  três representantes. Seguem Maranhão, Minas Gerais e Paraná, com dois deputados. Outros dez estados – Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Piauí, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins – tiveram um deputado cada na lista dos mais assíduos nas votações plenárias.
A maior bancada partidária da Casa – o PT, com 86 deputados – teve apenas um representante entre os mais assíduos: o deputado novato Jesus Rodrigues (PI). O partido com maior número de assíduos é o PDT, com seis deputados. O PMDB vem em segundo, com cinco, seguido do PR e PSB, com três deputados; DEM e PSDB, com dois, e PCdoB, PRB, PTB, PTC, PTdoB e PV, com um cada.
“Corro, corro muito”

Uma das justificativas para as ausências em plenário são as responsabilidades inerentes à função de líder de bancada. O cargo de líder demanda mais responsabilidade e habilidade de articulação acentuada – até porque a atenção às bases partidárias se impõe às lideranças. Mas para o líder do PR, deputado Lincoln Portela (MG), é possível conciliar as atividades da liderança com o comparecimento às votações em plenário. A receita é simples, apesar de árdua.
“Como é possível? A resposta é ‘corro, corro muito’”, responde Portela com humor. “A atividade em plenário é muito importante. Nestes 12 anos e meio de mandato, devo ter em torno de 96% de presença no plenário da Câmara. Isso é uma obrigação minha, não estou fazendo mais do que minha obrigação. Sou pago para trabalhar”, diz.
Portela considera baixa a marca de 28 deputados presentes em todas as sessões deliberativas no último semestre. O líder do PR, no entanto, ressalta que muitos deputados estão em trabalho mesmo não estando presentes no plenário. Para o parlamentar, casos como missão oficial “notadamente comprovada” devem ser computados como presença, e não como ausência justificada, como é feito hoje.
“Um parlamentar que vai para uma missão oficial, notadamente comprovada como missão oficial, deveria ser computado como presente. Ele está trabalhando para a Câmara. Ele não perde no salário, mas perde no sentido de ficar carimbado como ausente. Esse é um problema que tem que ser avaliado”, considera.
Sobreposição de atividades

Outro deputado assíduo que “corre muito” entre plenário e comissões é Reguffe (PDT-DF). Parlamentar de primeiro mandato, Reguffe diz que comparecer às sessões plenárias é o “mínimo” que um congressista deve fazer no exercício do mandato.
“Na minha opinião, deveria ter sessão todos os dias. Só tem votação terça, quarta e quinta, e o mínimo que os parlamentares devem fazer é estar presentes nesses três dias. Não é um favor, é obrigação estar presente às sessões”, disse o deputado ao Congresso em Foco, ressalvando que apenas problemas de saúde ou morte de familiares são motivos que justificam as ausências.

Mas Reguffe, que abdicou do direito ao 14º e 15º salários, critica o atual modelo de compromissos legislativos. “Uma coisa que precisa ser ajustada é o fato de existir múltiplas atividades acontecendo ao mesmo tempo. O tempo deve ser otimizado, não deveria haver sessões simultâneas. As audiências públicas, por exemplo, não deveriam funcionar ao mesmo tempo que as sessões em plenário”, ponderou o deputado, lembrando que o regimento impede que deliberações em comissão temática continuem depois de iniciada a ordem do dia (votação de proposições na pauta do plenário).
Ele lembrou que, em uma semana movimentada, chegou a participar – e a registrar presença – de três compromissos na Câmara: em plenário, na Comissão de Defesa do Consumidor e na Comissão Especial de Reforma Política. “Consegui estar nas três [reuniões], correndo de uma para outra”, afirmou.
“O mandato não é meu”

Para a deputada Luiza Erundina (PSB-SP), cada parlamentar define sua prioridade. Erundina concorda que nem sempre parlamentar ausente do plenário significa que ele não esteja exercendo outra atividade inerente ao mandato. Mas a parlamentar afirma ter dificuldades em justificar ausências por causa de atividades partidárias.
“Muitos usam as atividades partidárias para justificar a ausência. Eu tenho muita dificuldade de fazer isso. Embora o regimento permita, o cidadão tem dificuldade de entender. E o mandato não é meu, é do cidadão”, afirma. “No meu caso, sempre priorizo a presença no plenário da Câmara, porque é a atividade principal. Como parte da democracia representativa, isso aumenta nossa responsabilidade”, diz.
Erundina considera o percentual de presença em votações plenárias “muito baixo”. A deputada considera que os deputados perdem votações importantes ao faltarem com frequência. “Seria compreensível se 20% não tivesse participado das votações. Mas apenas 5% presentes em todas as votações, isso é muito baixo”, afirmou.
Centro nervoso

Embora a atividade parlamentar não se restrinja ao plenário, é nesse centro de decisões que, para o deputado Arnaldo Faria de Sá (PTB-SP), acontece o principal momento legislativo. “É o centro nervoso das decisões”, resumiu o parlamentar paulista, que tem atuação marcada pela defesa dos aposentados.
Em seu sétimo mandato consecutivo, Arnaldo vê com resignação o enfraquecimento da atividade plenária – em sua opinião, uma combinação entre a falta de interesse de alguns deputados e as decisões terminativas sobre proposições em comissões temáticas (nesses casos, a matéria não passa pelo plenário da Câmara e segue direto para a apreciação do Senado).
“Com os projetos tramitando em caráter terminativo, as coisas se definem nas comissões. A maioria [dos deputados], infelizmente, não comparece ao plenário. Isso é lamentável”, observou o parlamentar, lembrando que sua presença em plenário foi decisiva para a manutenção do valor do auxílio-doença. Arnaldo disse que o relator alterou o texto da medida provisória para diminuir o valor do benefício. “Isso foi retirado [da matéria]. Se eu não estivesse em plenário, a medida teria sido aprovada com essa alteração.”
 
27/07/2011 07:00 

FONTE: Congresso em foco

27 julho 2011

A manifestação popular que o Rio precisa ou como sacudir a poeira e dar a volta por cima!

Este artigo é sobre o Rio de Janeiro, mas sem dúvida se aplica para o Brasil como um todo. Posto aqui como forma de divulgação das idéias que considero legítimas para se mudar a realidade nefasta da nossa política brasileira.

O já tradicional mar de lama político do Brasil evoluiu para uma ressaca furiosa na qual ondas sucessivas de escândalos gigantescos revelam toda a sorte de falcatruas. Antigamente, dizia-se que um político roubava, mas fazia. Hoje ele rouba, não faz e, principalmente, não deixa fazer, para que assim determinados grupos eternizem seus feudos. O país está assolado por partidos que se associaram para assaltar os cofres públicos descaradamente após décadas de impunidade.

Todas as sociedades têm as suas tramóias, mas em lugar nenhum do mundo se alcança a desfaçatez estratosférica dos bilhões de dólares desviados como aqui, com o agravante de que a sociedade só assiste, imersa numa apatia que na prática é um incentivo a esta extorsão.

No Rio, o governo estadual, após anos de conluios fraudulentos, se julgava tão acima da lei que extrapolou nas negociatas, o que faz com que a cada dia surjam fatos cada vez mais escandalosos.

Qual foi a sua pronta reação a isso? Em dois decretos o Governador elevou de R$ 55,7 milhões para R$ 120,7 milhões a autorização para gastos com Serviços de Comunicação e Divulgação, acreditando que poderia comprar o silêncio da mídia e que isto faria a sociedade voltar a crer naquela realidade midiática virtual, que era sustentada em parceria com a prefeitura, que por sua vez, coincidentemente, já tinha aumentado sua verba publicitária em nove mil por cento.

Só que esta farsa começou a ser demolida em artigos publicados no Observatório da Imprensa, o único que tem coragem para enfrentar o establishment. Lá apresentei textos mostrando que a tese de que o Rio tinha entrado num ciclo virtuoso era uma falácia, que pesquisas eram distorcidas, desmoralizando o comportamento de alguns articulistas e editorialistas que tentavam manipular a opinião pública. Agora a situação extrapolou e assiste-se a um desfile incessante de escândalos.

A imprensa sabe a importância da ética no seu trabalho porque só assim se revitalizará a economia e se retirará os serviços públicos e privados da atual falência administrativa, que tanto prejudica não só suas famílias como toda a sociedade. Afinal, qual é a justificativa para desviar R$ 65 milhões, numa economia tão debilitada para encobrir desvios de conduta do Governador e seus pares? Por que isso não é cobrado pela sociedade?

Os correspondentes estrangeiros estranham a aparente passividade da população frente a denuncias tão graves. Chegou ao ponto de Juan Arias, correspondente do jornal espanhol EL PAÍS no Brasil, publicar um artigo em que abordava o fato de que a impunidade dos políticos corruptos criou uma cultura na qual todos são ladrões e que ninguém vai para a prisão. Ele estranha a falta de reação ante “a hipocrisia e a falta de ética de muitos dos que os governam.” E continua: “Não lhes importa (a população) que tantos políticos que os representam no governo, no congresso, nos estados ou nos municípios sejam descarados salteadores do erário público? E as pessoas das ruas, porque não fazem eco ressuscitando também aqui o movimento dos indignados?” Ele finaliza dizendo que aqui “seria um lugar ainda melhor se surgisse um movimento de indignados capaz de limpá-lo das escorias de corrupção que abraçam hoje todas as esferas do poder”.

É mesmo de estranhar o porquê dos estudantes, por exemplo, não saírem às ruas protestando.
Leitura atenta dos jornais soluciona o mistério. Eles foram cooptados, seus líderes são bancados por verbas públicas (Petrobrás, governo de Goiás, entre outros) como vemos no 52º Congresso da UNE, ao custo de 4 milhões de reais.

Estas lideranças terão ética para representar o futuro da nação ou farão parte de uma camarilha?

Ferreira Goulart, disse que “o Brasil foi apropriado por uma casta, do Congresso ao Senado.” Outro jornalista vai além e instiga: “Você tem ciência, meu caro Juan, de algum outro país do mundo em que se fazem protestos a favor do governo? Talvez na Espanha fascista que seus pais conheceram, felizmente vencida pela democracia. Certamente na Cuba comuno-fascistóide dos irmãos Castro e na tirania síria. E no Brasil. Por quê?”

O atual presidente da UNE é comunista, escolhido por voto indireto. Conhece-se algum lugar no mundo inteiro onde o comunismo tenha dado certo? Seria interessante sua exposição de qual ditadura comunista ele prefere: Chinesa? Norte-coreana? Cubana? Stalinista? Terá tal liderança representatividade para atingir os objetivos democráticos da classe que representa? Ou nossos estudantes anseiam por uma ditadura?

Vejamos o Chile, que é apontado como o exemplo político e econômico da América Latina, pois viveu e vive um boom econômico nos últimos anos, com média de crescimento de 5% ao ano, (igual a Tunísia, Egito e outros) parecido com o do Brasil. Porém, para variar, está imerso numa onda de protestos, que já atravessa dois meses. Sofre o mesmo dilema de outros lugares: os estudantes chilenos ambicionam acabar com a corrupção e a desigualdade reinante, onde uma parte da população vive uma realidade dinamarquesa de qualidade de vida e a maioria sobrevive na miséria da Angola. Exatamente como aqui. E por que aqui não há protestos?

Como acordar a sociedade da imobilidade reinante e obter mudanças reais democraticamente?
A política é a forma mais elementar de manifestação do ser humano, estando presente na vida de qualquer pessoa desde o nascimento. O bebê descobre instintivamente que para mamar terá que seguir uma política natural, a do choro, pois, quem não chora não mama. Existe a política do relacionamento, com todas as suas divisões, amigos, família, irmãos, trabalho e até com os desconhecidos. Tem política para tudo e tudo é político. Tem até o “politicamente correto” para acabar com a graça de se fazer piadas com as minorias. Se você estiver sozinho preso numa ilha deserta terá que seguir várias políticas: para lidar com sol, com as marés, etc.

Ninguém está imune à ela, resta tentar entender por que o brasileiro discute e comenta, mas não participa ativamente da política. Este distanciamento que se iniciou forçado pela ditadura foi que produziu esse resultado que estamos assistindo incrédulos, pois quando não exercermos nossas obrigações democráticas ativamente o castigo chega via uma roubalheira como a atual, impedindo um desenvolvimento socioeconômico, cultural e ambiental dentro do que a sociedade ambiciona.

Está mais do que na hora de se gerar as sonhadas mudanças que nos dêem qualidade de vida.

Será que de alguma forma esse distanciamento da política tem a ver com o fim da ideologia?

Antigamente as pessoas se diziam comunistas, marxistas, neoliberais e outras doutrinas que se esvaziaram com o tempo e, principalmente, através da circulação de informações livres de censura que desmistificaram mitos com um verniz ideológico que acabaram degringolando para ditaduras sanguinolentas.
Não consigo me esquecer do Zé Dirceu, que numa entrevista disse que entrou para o movimento estudantil para “pegar” umas “menininhas”; que tal esta ideologia? É ou não é a cara do Brasil, onde comunistas ferrenhos moram em coberturas milionárias em Ipanema. Onde árabes e judeus convivem com coreanos e chineses na maior paz, no Saara?

Como todas as ideologias ruíram com a crise de 2007, hoje a sociedade em todo o mundo clama desesperadamente por uma política de resultados que privilegie uma coisa chamada qualidade de vida, que os economistas estão loucos para enquadrarem em fórmulas matemáticas.

A sociedade mundial está sofrendo na carne uma crise provocada pela cobiça desenfreada de algumas pessoas movidas pela busca neoliberal de um lucro aético que socializa os prejuízos e privatiza os lucros. Esta crise, por enquanto, esta lá fora, mas tem tudo para chegar muito forte aqui se não fizermos nada, porque em função do PAC, Copa e Olimpíadas estão gastando bilhões e o retorno, se não for acompanhado pela sociedade, será pífio; entrementes, a conta será enorme e terá que ser paga de uma forma ou de outra.

Não há opção: ou a sociedade se une e controla isto de forma a se defender ou será achincalhada pela banca internacional quando chegar a conta, como está acontecendo, inacreditavelmente, por exemplo, na Europa e nos EUA. Imaginem aqui?

Realmente a qualidade de vida é a única chave para que a política volte a entrar na ordem do dia. Porque ela é uma coisa que interessa a todos indiscriminadamente, o tempo todo!

Vamos usar como exemplo o trânsito. Ele influencia a vida de todos, direta ou indiretamente. O transporte público, seus custos diretos e indiretos, a falta de obras de infraestrutura para acompanhar o aumento anual tanto de passageiros quanto de veículos em circulação, os engarrafamentos com a perda desnecessária e cada vez maior de horas do seu dia, a ciclovia, a manutenção da calçada, a faixa de pedestre, o respeito que ela deveria inspirar, a obediência ao semáforo, a multa que foi ou não aplicada, se houve uma política educacional com o dinheiro da multa. Tudo isto entra no conceito de qualidade de vida.

E a política para o setor? Como tudo é pensado? Existe um planejamento de curto, médio e longo prazos para isso? Ou políticas públicas que mudam de acordo com a administração da vez e são sempre paliativas? Sabe quando vamos chegar a algum lugar desta forma? Nunca.

Vejamos o Metrô para a Barra, que deveria ter sido feito há décadas. Com os eventos mundiais ele foi incluído no pacote de melhorias de mobilidade urbana. Repare como: não tem projeto nem traçado, o bairro está sofrendo uma especulação imobiliária que promete fazer 30 anos de imóveis em 5 e, incrivelmente, não apresenta um estudo prevendo este aumento demográfico,  está dando o maior imbróglio porque não atende às reivindicações das associações de bairro, mas as obras claro que já começaram e existe um “contrato” assinado. Imaginem os futuros aditivos!

Alguém acredita que da forma como o processo está sendo conduzido não vamos arcar com um custo pelo menos duplicado? Vamos ser surrupiados sempre, por quê? Com um planejamento de longo prazo dentro de um plano diretor nada disso aconteceria… E ainda teríamos uma previsão de como a cidade continuaria crescendo, as obras seriam pensadas para acompanhar este ritmo, os investimentos direcionados, os empregos teriam a garantia de continuidade, o número de quilômetros construídos seria muito maior com a mesma quantidade de dinheiro, atingindo uma parcela maior da população, com o subsequente aumento da quantidade de estações porque este tipo de transporte além do conforto e diminuição do tempo gasto no deslocamento, ainda pode influenciar a diminuição de veículos circulante, diminuindo os engarrafamentos, a poluição atmosférica e diversas outras variantes só neste setor.

Sem um planejamento de curto, médio e longo prazos adequado por um plano diretor sempre haverá um enorme desperdício de dinheiro público, pouquíssimos ganharão e todos serão prejudicados, como estamos sentindo na carne.

A saúde, por exemplo, é prioridade para quem não tem um plano particular, ou seja, a grande maioria da população. Mesmo você tendo um bom plano de saúde, na hora que é finalmente precisa, pode e acontece de tudo. Sabendo disso, os abonados do RJ estão gastando R$ 150 milhões para tentar trazer, para eles, um hospital padrão de SP. Será que vão conseguir? E os outros?

Já viu no cinema aqueles hospitais públicos do primeiro mundo? Por que aqui não é assim, já que pagamos uma das maiores cargas tributárias do planeta? Como é notório, o negócio é deixar estragar para fazer obras emergenciais ou comprar equipamentos caríssimos, que nunca serão usados tudo para “faturar” uma comissão. Melhorar o salário, as condições de trabalho do profissional ou a qualidade do serviço? Nem pensar.

O importante é inventar uma “solução” que seja uma marca impressa da administração da vez e descontinuar as políticas “concorrentes”, como no escandaloso processo das UPAs.

É evidente que se houvesse uma política pública de longo prazo, isto não aconteceria, porque o administrador público só gerenciaria algo que já funciona bem e que não poderá ser alvo de invencionices demagógicas para realçar administrações fraudulentas.

Com planejamento, não há espaço para demagogia e sim aperfeiçoamento profissional.
Hoje, para viajar para a França, é necessário um seguro médico de trinta mil dólares, porque tinha muita gente que viajava para lá só para se operar num hospital público. Até em Cuba isto é fiscalizado. Onde existe qualidade de vida obviamente são ciosos disso e querem manter.

Os EUA, após a quebra da bolsa em 1929, se reorganizaram via um plano de longo prazo, o New Deal. A Europa, após a 2ª guerra mundial, foi reconstruída pelo plano Marshall, pensado no longo prazo, assim como o Japão e a Coréia do Sul. A China, que é essa “potência” sem comentários, também foi e é pensada no longo prazo.

Porque o RJ, que chegou ao fundo do poço e tem uma oportunidade única de se reinventar não raciocina assim?

Começou a entender a necessidade fundamental de se pensar em curto, médio e longo prazos? No segmento de transporte, saúde, educação, meio ambiente, social, urbanismo, qualquer coisa, se a idéia é ter qualidade de vida e sucesso, é necessário que o desenvolvimento estratégico seja planejado em curto, médio e longo prazos, com todos os segmentos entrelaçados por um planejamento econômico que tenha uma âncora clara que projete um desenvolvimento socioeconômico, cultural e ambiental apoiado em metas factíveis, que garantam uma arrecadação que possibilite a aplicação do planejado.

Onde a sociedade tem que ter importante papel fiscalizador e desta forma aplicar as necessárias correções de rumo, mas, dentro do que foi estabelecido para cada setor por especialistas idôneos destas áreas. É assim que empresas privadas funcionam e obtém sucesso econômico (o social já é outra história), por isso algumas administrações sérias tentam copiar o formato.

Aí você pode me questionar, se é assim, por que nossos políticos não pensam assim? Para começar o prazo deles é curto: quatro anos. Depois, como está claro, isso não é solicitado pela sociedade, que não está organizada ainda para exigir ou apresentar um Master Plan dessa envergadura.

Se depender dos políticos e dos partidos, como já deu para notar, a proposta é outra…

Por não termos um projeto de futuro, estaremos então condenados a eternos vôos de galinha?

Agora se a sociedade se une e exige um Master Plan, a situação muda imediatamente, porque não há como contrariar uma coletividade unida e com um plano factível, até porque quem implantar uma política pública de resultados que funcione no Rio, que apresenta seriíssimos problemas há meio século, se tornará o exemplo a ser seguido, se reelegerá e fará seus sucessores.

Como aconteceu em Barcelona, que mesmo com toda essa crise européia continua com ocupação hoteleira acima de 85%, inaugurando mais hotéis a cada ano, e apresentando um comportamento socioeconômico completamente diferente do resto da Espanha, imersa numa crise sem fim.

O mais incrível é que o ônus deste planejamento para estado e município será zero ou muito próximo a isso, além do que os lucros obtidos serão na casa dos bilhões de dólares e beneficiará todos os mais diversos segmentos. Todos os setores consultados ficaram abismados, mas querem que os poderes públicos encampem, porque ninguém quer contrariar os donos das canetas…

Várias pessoas que recomendam meus artigos me relataram que tem medo de compartilhá-los por medo de represálias oficiais… A ditadura já acabou, mas o setor público ainda tem meios de intimidar quem discorda. Por causa de meio século de incúria administrativa a maior parte da economia formal lamentavelmente trabalha na administração pública e o setor privado para sobreviver à maior carga tributária do mundo tende à informalidade, daí as pessoas ainda se sentirem inseguras para protestar. Nós podemos, vamos mudar este quadro definitivamente!

Esquecemo-nos de que todo o poder emana do povo e que unidos jamais será vencidos!

Incrível como no Brasil o turismo, que é reconhecido em todo o planeta como um catalisador de resultados expressivos em todos os segmentos da sociedade, em curto, médio e longo prazos, por todos os lugares aonde foi utilizado como instrumento de transformação, ainda é menosprezado. Mesmo tendo o maior potencial comprovado do mundo, por diversas pesquisas!

Beira o absurdo tal procedimento, ainda mais porque iremos realizar os maiores eventos midiáticos mundiais, e que são usados preferencialmente para expandir e consolidar a atividade. Para se ter idéia do disparate, nas sociedades que apresentam qualidade de vida, o turismo tem uma participação acima de 10% do PIB, e aqui é de cerca de 2,5%, apresentando portanto um potencial de crescimento interessantíssimo e que solucionaria diversos problemas.

Voltando às manifestações, elas são instrumentos viáveis de negociação que produzem resultados de acordo com o grau de adesão da população. Como normalmente apresentam exigências, mas não definem os meios de alcançá-las, não há exemplos de sucesso total imediato e sim histórico de ações que degringolam em violências inúteis, sem resultados práticos como estamos vendo nos países árabes, na Grécia e no Chile. Hoje, no Brasil, existem manifestações de todos os tipos, mas sem conteúdo que lhes dê sustentação para alcançarem seus objetivos.

No caso específico do Rio, elas podem ser canalizadas para uma reivindicação de toda a sociedade e obter sucesso total imediatamente. Acorda, Rio!

Porque já existe um Master Plan que unirá toda a coletividade para deslanchar o aproveitamento total de sua vocação natural como âncora clara para revitalizar sua economia, levando aumento da renda per capita e desenvolvimento socioeconômico, cultural e ambiental a toda a cidade, incluindo os subúrbios, a periferia, arredores e interior do estado. Ele se desenvolverá através de um planejamento de curto, médio e longo prazos, associado a política de ampliação da mobilidade urbana planejada para os eventos mundiais e a revitalização da área portuária levando em curto espaço de tempo o município à vanguarda mundial, em que, desde que a sociedade participe ativamente, os resultados serão rápidos e se eternizarão com uma qualidade de vida única.

Ao invés de uma transformação nebulosa que não prioriza o longo prazo, que promete sem comprovar, poderemos levar as autoridades à mídia, para anunciar que em consenso com toda a coletividade o Rio terá um plano diretor apoiado na maior indústria do mundo, o turismo, a única atividade que movimenta todos os setores simultaneamente.

Ele gerará inicialmente dois milhões de novos empregos, sem gentrianismo, ou seja, sem excluir uma imensa parcela da população que não é habilitada profissionalmente, através de uma revitalização da área portuária que dotará o Rio do mais moderno conceito de Centro de Convenções Internacional (CCI) e feiras do mundo, levando o RJ à vanguarda mundial do setor, permitindo o aproveitamento das milhares de opções turísticas existentes dentro de um padrão sonhado pela OMC (Organização Mundial do Turismo) – que é levar ao visitante a oportunidade de realizar seus desejos dentro de seus perfis individuais, de acordo com suas características pessoais. Além do que, proporcionaremos seu enriquecimento cultural ao permitir que ele entenda exatamente o que está fazendo e se relacione diretamente com a sociedade local.

Dentro do princípio universal de que uma cidade só e boa para o visitante quando também é para o morador ou vice versa.

Em caso de dúvidas é só fazer uma pesquisa para entender a importância de uma CCI para cidades como Barcelona, Singapura, Viena, Paris, NY, Las Vegas.

Será apresentado um planejamento de curto médio e longo prazos, mostrando como se dará a inclusão de toda a sociedade, a evolução e melhoria de toda a infraestrutura urbana, privilegiando o incremento da qualidade de vida, apoiado em business plans que demonstrarão o aumento gradativo da arrecadação com o incremento da atividade turística em todas as suas formas de manifestação, aliado ao aumento de fluxo, da permanência e, principalmente, em cima da expectativa de gasto médio promovida por um turismo de qualidade.

Será explicitado como atrairemos e locaremos o setor internacional de serviços, todo um setor industrial periférico ao incremento da atividade, como se dará o desenvolvimento de toda a indústria criativa em todos os seus diversos segmentos e suas implicações no dia a dia da comunidade. Em suma, serão apresentados estudos mostrando o incremento das atividades em todos os setores de forma crível, para que todos se sintam beneficiados e queiram participar ativamente.

Desenvolveremos uma conscientização cidadã impar, ao incutir na juventude uma perspectiva de inserção em um futuro que eles mesmos ajudarão a construir participativamente, via uma educação planejada. Eles poderão fazer cursos e já sair para ocupar milhares de ofertas criadas em uma indústria que permite crescimento com poucos investimentos. Com o sucesso dos primeiros envolvidos, todos ficarão animados e se envolverão cada vez mais. Poderão optar entre se empregar formalmente, ser autônomo ou empreender com todo o apoio do sistema “S”, por exemplo, mas dentro de um universo que abrange toda a gama de alternativas oferecidas por uma sociedade que estará em uma expansão planejada.

Ou mesmo seguir o caminho tradicional, completando o ensino superior, mas já dentro de uma realidade totalmente diferente da atual, na qual a melhor opção é um concurso público.

Hoje as UPPs carecem exatamente de uma ação paralela que gere inserção social na mesma velocidade que elas são instaladas. Só para se entender melhor, em Barcelona cerca de 40% da população economicamente ativa trabalha na noite, que aqui no Rio praticamente acabou por causa da violência. Com uma mudança planejada a “vida noturna” do Rio será uma das melhores do mundo e a cidade passará a oferecer milhares de opções 24 horas por dia para um visitante ávido por diversão com qualidade.

Disporemos de um mecanismo autossustentável, compartilhado pelas diversas lideranças, voltado para a divulgação de nossa excelência turística e para o incremento socioeconômico, cultural e ambiental do RJ, independente de mudanças de governo, o que irá proporcionar a segurança necessária para atrair e consolidar os investimentos dos empresários dentro do planejamento de curto, médio e longo prazos de um plano diretor ancorado no turismo e seus múltiplos desdobramentos.

O movimento Acorda Rio propõem a união de toda a sociedade num Pacto pelo desenvolvimento autossustentável, que deverá repetir o de Moncloa, que pregava a não interferência, pois as perspectivas de crescimento são absurdamente boas, já que há um espaço incomensurável para desenvolvimento de toda a comunidade no curto, médio e longo prazos.

Foi este tipo de ação que levou a Espanha pós-Franco em 1978 a passar da anarquia total reinante na época, quando ocupava o posto de 25ª economia do mundo a 8ª posição, já com uma economia globalizada em cerca de dez anos.

Que em cerca de 10 anos transformou Singapura de um grande porto que se assemelhava a um covil de bandidos na atual potencia econômica.

Se você está cansado de pagar impostos sem ver retorno, receber péssimos serviços públicos e privados, ver uma roubalheira sem fim entre outros problemas e se sente impotente, sem enxergar soluções críveis, venha participar…

Imagine-se morando num Rio Maravilhoso, que funciona de verdade, na vanguarda mundial e, principalmente, eternizando estas condições através de uma sociedade altamente participativa.

O que estamos esperando então para nos unirmos e reinventar o Rio com ética e qualidade de vida? Acorda, Rio! Porque a oportunidade é única. Outras cidades que tinham problemas iguais ou piores do que os nossos deram a volta por cima, chegou a nossa vez! Acorda, Rio!

Compartilhe este artigo. Ele é o nosso manifesto por um Rio ético e com qualidade de vida para todos.

Por José Paulo Grasso
Engenheiro e coordenador do Acorda Rio

Fonte: http://acordario.com/?p=367

26 julho 2011

Operação do Planalto tenta transformar mar de lama que atinge governo em virtude presidencial



O governo pôs em marcha uma operação para tentar transformar o mar de lama que se espalha por vários setores da administração em virtude presidencial. O que é para ser pura obrigação passou a ser alardeado como qualidade rara. Tratar com lisura o bem público e punir desmandos é o mínimo que se pode esperar de um governante.

A “faxina” que a presidente da República promete levar a fundo na área dos Transportes veio para tentar consertar os malfeitos que grassam por lá nos últimos anos, sempre sob os olhares mansos da então ministra-chefe da Casa Civil e “mãe do PAC”. A mesma Dilma Rousseff que agora promete prender e arrebentar viu a caravana da multiplicação dos contratos passar, sem ladrar.

A estratégia de desvencilhar-se das falcatruas pretéritas e presentes começou com as demissões em série de envolvidos em escândalos denunciados pela imprensa e, na semana passada, incorporou a abertura do gabinete presidencial à imprensa – num gesto que não ocorria desde abril, data da única entrevista que a presidente concedera a jornais impressos até agora.

As entrevistas tinham um público claro: a classe média informada, que cada vez mais desaprova a forma como o governo vem agindo diante do noticiário negativo. Em uma das conversas, Dilma se confessou “noveleira”, mostrou-se interessada na música brasileira e falou mais um monte de amenidades sem importância. Abriu seu coração.

Em outras entrevistas, mais sérias, ela anunciou, estrategicamente, que “sairão todos” os envolvidos em desvios e malversações no Ministério dos Transportes, no Dnit e na Valec, a estatal das ferrovias. Foi uma forma de tentar demonstrar que a situação nesses órgãos atolados em irregularidades está sob controle de sua mão de ferro. Seria ótimo se fosse verdadeiro.

Os inúmeros escândalos que a presidente enfrenta não podem ser resolvidos apenas no gogó ou mesmo por mera substituição de pessoas. O buraco é bem mais embaixo: há tempos, essas máquinas do Estado foram carcomidas pela corrupção, numa simbiose de interesses que o PT não apenas permitiu como incentivou.

O Dnit, por exemplo, funciona de maneira absolutamente caótica, escancarou O Globo em sua edição de domingo. O órgão foi definido como “uma engrenagem azeitada para impedir o controle e engavetar toda e qualquer proposta moralizadora”. Planos de gestão e códigos de ética, com metas e controles rígidos elaborados pelos funcionários, foram zelosamente esquecidos num canto de armário pelo diretor-geral Luiz Antonio Pagot.

Há mais de 150 sistemas de informações diferentes na sede e nas 23 superintendências regionais do Dnit, o que impede qualquer tipo de comunicação racional entre sua gigantesca estrutura. As diretorias não conversam; os setores de projetos e licitações primam pelo desentrosamento. Como resultado, 66% dos projetos elaborados entre 2003 e 2008 tiveram como destino o arquivo morto.

Projetos malfeitos contratados junto a consultores “independentes” desembocam, naturalmente, em aditivos contratuais bilionários abocanhados por empreiteiras. Tudo muito conveniente, exceto para o contribuinte, que arca com a farra.

O Dnit trabalha, ainda, sem planejamento integrado que vise o país como um todo. Obras são autorizadas ou esquecidas ao sabor de conveniências políticas. Também no domingo, O Estado de S.Paulo informou que, das 23 superintendências do órgão, 15 apresentam problemas de corrupção, superfaturamento, fraude de licitações e tráfico de influência. Tudo dominado pelos apadrinhados do Partido da República de mãos dadas com os operadores do PT.

Nas entrevistas à imprensa no fim da semana passada, Dilma prometeu dar um jeito neste oceano de irregularidades. Deveria, antes de mais nada, explicar como, no papel de “mãe do PAC”, deixou seus pupilos fazerem tanta lambança. Será preciso mais que simples palavras e estratégias pueris de comunicação para convencer a população. Se a sujeira era tanta, por que ela ajudou a varrê-la para debaixo do tapete?

Fonte: https://www.facebook.com/home.php#!/groups/163536087049433?ap=1

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