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31 dezembro 2011

Ano Novo de Paz por Dom José Alberto Moura*


Iniciamos o ano novo com grandes desejos, principalmente de superação de tantos desafios e consecução de harmonia e paz.

Ao mesmo tempo em que olhamos para Maria como a portadora do Príncipe da Paz, queremos fazer o compromisso de sermos, também nós, os promotores da verdadeira paz, fundada na justiça e no amor. Sem realizarmos o projeto de Deus na vida, nós nos fixamos demais nos projetos pessoais e nos fechamos para a solidariedade com os outros, principalmente se eles não nos ajudam em nossos empreendimentos. O Filho de Deus veio nos ensinar que só nos realizamos e temos vida feliz quando somos capazes de nos doarmos em bem do outro. Assim, a construção da paz só é possível quando fizermos nossa parte para ela acontecer. A paz começa com a unilateralidade de nossa doação a um convívio de justiça, misericórdia, contribuição com o desenvolvimento da comunidade e promoção da política e de políticos que realmente têm grandeza de caráter para trabalharem pelo bem comum.

No ano de eleições precisamos colocar a mão na consciência e termos muito discernimento para olharmos para nossa ação missionária, que nos leva a promover o conhecimento e a vivência dos valores do Evangelho. Nossa ligação da fé com sua prática consequente nos leva a olhar pela promoção da vida plena, em que os mais deixados de lado tenham vez. As eleições municipais são importantíssimos meios para mudarmos muita coisa do que está errado na inclusão social dos mais empobrecidos. Formar a boa consciência política nos leva a indicar pessoas de qualidade moral e capacitadas para o exercício do mandato executivo e legislativo. Quem quer paz, na dimensão humana e cristã, é levado a superar todo tipo de corrupção ativa e passiva.Ninguém pode comprar ou vender voto, por isto ser coisa imoral e anti-cidadã. Quem já tem a máquina pública em mãos e vai disputar a reeleição, se não tiver altivez ética possui mais força para usar meios de corrupção para angariar votos. É preciso haver a consciência de cidadania dos eleitores para não se deixarem enganar.

Em sua mensagem de paz para o dia primeiro do ano novo, o Santo Padre sublinha o valor da educação à juventude para a justiça e a paz. É preciso saber escutar e valorizar o mundo jovem. É dever da sociedade.

De fato, a juventude deve formar nova base para uma sociedade de pessoas cônscias de sua cidadania para a promoção da vida, da autêntica liberdade e da paz. Ela deve ser formada para a valorização da vida, superando os mecanismos de morte, como a má formação da família, a lesão dos direitos, todo tipo de vício, desrespeito aos valores éticos, da boa política, da justiça e da solidariedade. Só assim se forma e se tem o resultado da paz. A família bem constituída dá base de sustentabilidade da boa formação da juventude.

O novo ano seja de grande progresso na nossa ação missionária de implantação dos valores do Evangelho da paz.
Constatamos que não basta apresentar o desejo do ano novo feliz. É preciso haver o compromisso e o real esforço para promovermos a cultura da justiça e da paz.



* É arcebispo metropolitano de Montes Claros. É presidente do Regional Leste II da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para o quadriênio 2011-2015. Foi presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Diálogo Ecumênico e Interreligioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de maio de 2007 a maio de 2011. Nasceu em Ituiutaba, Minas Gerais, em 23 de outubro de 1943. Pertence à Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo (CSS). Foi nomeado arcebispo metropolitano de MOC em 07 de fevereiro de 2007, tomando posse nesta Igreja particular em Missa Solene no dia 14 de abril do mesmo ano. Foi ordenado sacerdote estigmatino em 09 de janeiro de 1971.

 
Publicado em www.arquimoc.org.br desde 29/12/2011

27 dezembro 2011

Retrospectiva: crise econômica mundial, “marca registrada” deste início de século - Valter Machado da Fonseca

O final do século XX e este início do XXI têm como marca maior a grande crise econômica do sistema capitalista em âmbito global. Esta crise que teve um grande surto em 2008 volta agora com força maior, provocando uma enorme avalanche financeira no coração do capitalismo: A Europa e os EUA.
Desde a década de 1929, com o Crack da Bolsa de Nova York, que abalou o mundo, inclusive o Brasil, que o capital vem mostrando sua sequência histórica de crises, desestabilizando mercados, quebrando empresas, desestruturando nações, falindo indústrias e industriais. Um aspecto comum que caracterizou todas as crises financeiras do capital em tempos pretéritos foi suas fases de crises cíclicas. Ou seja, elas vinham à tona, de tempos em tempos, mas, o capital conseguia elaborar e reelaborar mecanismos internos para sua superação, conseguindo, dessa forma, melhorar a eficiência de suas estruturas internas. Assim, ele saía das crises cíclicas com as forças renovadas, criando novos mecanismos reguladores de suas estruturas internas, o que lhe possibilitava maior força para se expandir e se reproduzir e, com isso, aumentar com eficácia sua mais valia (lucro). Mas, um dado real para o qual devemos nos atentar é que o capital se reinventava, superava suas crises, em grande parte, em detrimento de necessidades primárias ou mesmo secundárias da população, ou seja, do mercado consumidor. Isto significa dizer que o capital superava suas crises em função de necessidades reais da população mundial, visando, em última instância, a melhorar as condições e o padrão de vida dos povos, ou, pelo menos de uma parcela deles.
O que diferencia substancialmente as crises econômicas da atualidade das que ocorreram em tempos passados, é a incapacidade de o capital se reinventar. Isto é, a crise econômica dos tempos presentes é fruto do próprio desgaste dos mecanismos internos do capital, de suas estruturas internas. É o que o pensador e sociólogo húngaro Ístvan Mészáros define como “Crise estrutural do capital”. Na verdade, a crise estrutural do capital se liga diretamente ao deslocamento dos novos objetivos da produção material que rege a economia dos tempos presentes. O capital já deixou de gerar produtos (mercadorias) que estejam diretamente ligados às necessidades e desejos reais das populações (mercados consumidores).
Hoje, ao invés de se criar produtos para atender às necessidades humanas, primeiro se “inventam” novas mercadorias e produtos e depois se criam artificialmente os desejos e as necessidades. Então, se criam produtos supérfluos e descartáveis para o atendimento de desejos e necessidades ilusórias, artificiais e fictícias. Estes aspectos são frutos da denominada “Globalização Econômica” ou “Globalização Neoliberal ou Perversa” como diria o grande e saudoso geógrafo, Prof. Milton Santos. Diante da incapacidade do capital de gerar sua produção voltada para as necessidades da humanidade é que surge com todo o vigor a crise estrutural ou crise dos mecanismos internos do sistema capitalista. Ou seja, o capital não é mais capaz de se reinventar para a superação de suas crises econômicas sucessivas. Por isso, vemos a  grande crise global atingir, em cheio, o coração dos gigantes capitalistas: Europa e EUA (2008) e agora em 2010/2011 uma crise mais generalizada que atingiu novamente os EUA e depois a Europa (Grécia, Irlanda, Itália, França, Espanha, Inglaterra). Diante disso, a crise econômica com certeza percorrerá todo o planeta, todas as regiões, todos os países. O que se coloca diante da humanidade é o grande desafio de se criar novos modelos de economia e de sociedade. Só assim, a humanidade será capaz de superar a gigantesca crise estrutural do capital. Caso contrário, a humanidade sucumbirá de uma vez por todas, mergulhando definitivamente na barbárie, ou seja, num modelo de sociedade totalmente antropofágica e autofágica, cujos sintomas são perfeitamente visíveis num futuro totalmente incerto e de horizonte curtíssimo, onde o homem venha se transformar, definitivamente, em mercadoria última.        

* Escritor. Geógrafo, Mestre e doutorando pela Universidade Federal de Uberlândia (UFU). Pesquisador das temáticas “Alterações Climáticas” e “Impactos da ação antrópica sobre os ecossistemas”.   machado04fonseca@gmail.com

20 novembro 2011

ACORDA BRASIL!


A Lei da Ficha Limpa foi promulgada e aprovada rapidamente. Porque ?  Muito Simples ! O povo exigiu.

Peço a cada destinatário para encaminhar este e-mail a um mínimo de vinte pessoas em sua lista de endereços, por sua vez, pedir a cada um daqueles a fazer o mesmo.

Em três dias, a maioria das pessoas no Brasil terá esta mensagem. Esta é uma idéia que realmente deve ser considerada e repassada para o Povo.

Lei de Reforma do Congresso de 2011 (emenda da Constituição do Brasil)
1. O congressista será assalariado somente durante o mandato. E não terá  aposentadoria proveniente somente pelo mandato.

2. O Congresso contribui para o INSS. Todo o fundo (passado, presente e futuro) atual no fundo de aposentadoria do Congresso passará para o regime  do INSS imediatamente. O Congresso participa dos benefícios dentro do regime do INSS exatamente como todos outros brasileiros. O fundo de aposentadoria  não pode ser usado para qualquer outra finalidade.

3. Congresso deve pagar para seu plano de aposentadoria, assim como todos os brasileiros.

4. Congresso deixa de votar seu próprio aumento de salário.

5. Congresso perde seu seguro atual de saúde e participa do mesmo sistema de saúde como o povo brasileiro.

6. 
Congresso deve igualmente cumprir todas as leis que impõem o povo brasileiro.
7. Servir no Congresso é uma honra, não uma carreira.  Parlamentares devem servir os seus termos (não mais de 2), depois ir para casa e procurar emprego. Ex-congressista não pode ser um lobista.

Se cada pessoa repassar esta mensagem para um mínimo de vinte pessoas, em três dias a maioria das pessoas no Brasil receberá esta mensagem.
A hora para esta emenda na Constituição é AGORA.

É ASSIM QUE VOCÊ PODE CONSERTAR O CONGRESSO. Se você concorda com o exposto, REPASSE,  Se não, basta apagar

Mantenha esta mensagem CIRCULANDO.

13 novembro 2011

Assine a petição, no link abaixo, para defender os territórios quilombolas. CAUSA URGENTE!

Caros amigos, Há um conflito sendo abafado e silenciado pela grande mída, ferindo diretamento os direitos quilombolas, pois desmobiliza a sociedade para se colocar a seu favor neste conflito sobre seu território e seu futuro. O DEM está propondo anular o decreto lei que dá direito aos quilombolas em seus territorios.

Nós que trabalhamos com comunidades tradicionais devemos ser solidários, dar muito força e apoio aos nossos colegas quilombolas para garantirem seus direitos ao territorio ancestral e sua reprodução cultural e social.Assim, peço gentilmente mas com um senso de urgência, que assinem a petição no link abaixo, e por favor, e repassem ao maior número de pessoas interessadas em proteger o direito dos quilombolas para que estas possam assinar também. http://www.petitiononline.com/conaq123/petition.html

Além disso, há grandes interesses de mineradoras, madeireiras, de grandes investidores em terras e hidrelétricas ligados a diversos projetos do PAC para que o territorio quilombola (e indígena) se dissolva, e abra caminho para degradação ambiental, destruindo os últimos recantos de floresta e rios não represados, envenenando suas águas e terras, e finalmente expulsando sua população e seu modo de vida, sem falar dos conflitos gerados que podem ser até violentos.

Para maiores informações, leia o texto da petição e a reportagem abaixo (a única que encontrei no site racismoambientall) sobre o manisfesto público que ocorre amanhã contra a PI419 do dia 28/10.

 Um grande abraço,

Prof. Renata Marson Teixeira de Andrade,
Frei Gilvander Luís Moreira,



O ato político de lançamento ocorreu na audiência pública sobre a Terra Indígena Maró (PA), às 9 horas, convocada pela Comissão de Direitos Humanos do Senado Federal para o Plenário II da Ala Senador Nilo Coelho.

A carta teve como estopim a publicação, no último dia 28 de outubro, da Portaria Interministerial 419. Com ela, o governo federal restringiu, de acordo com os próprios interesses, as atuações da Fundação Nacional do Índio (Funai), Fundação Cultural Palmares (FCP), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e Ministério da Saúde quanto à elaboração de pareceres em processos de licenciamentos ambiental.

Na prática, tais licenciamentos dizem respeito às obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), grandes empreendimentos, como usinas hidrelétricas, mineração, portos, hidrovias, rodovias e expansão das fronteiras do agronegócio. A Portaria 419, portanto, é publicada para facilitar a outorga dos licenciamentos.

Entre outras entidades, assinam a carta organizações indígenas que representam mais de 200 povos originários brasileiros de todas as regiões do país. Para essas comunidades, a portaria, em seu artigo 2º, considera Terra Indígena somente aquelas que tiveram seus limites estabelecidos por portaria do presidente da Funai – órgão manipulado pelos interesses do Palácio do Planalto. Continue lendo… 'Cerca de 60 organizações indígenas e indigenistas do país lançarão amanhã (9) manifesto público contra medidas adotadas pelo governo federal que desconstroem os direitos territoriais de indígenas e quilombolas'»

Prof. Renata Marson Teixeira de Andrade, PhD
Coordenadora do Núcleo de Governança de Biocombustíveis e Mudança Climática

Pós-Graduação em Planejamento e Gestão Ambiental

Universidade Católica de Brasília
SGAN 916 Campus 2 Sala A 222
Brasília, DF
70790.916 Brasil

tel 55 61 34487171, 34487146
Departamento de Engenharia Ambiental
Campus 1, Taguatinga


Clecir Maria Trombetta
Secretária do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social
Fone: 61-34478722/ 82022564
skype:fclimaticas

Com a Mãe Terra, recriar o ambiente da vida!

Um abraço afetuoso. Gilvander Moreira, frei Carmelita.
Facebook: gilvander.moreira
skype: gilvander.moreira


OBS: notícia recebi por e-mail, enviada pela Profª Olenir

28 outubro 2011

Lula para sempre!


"De longe, a melhor desconstrução do mito Luiz Inácio Lula da Silva foi escrita e publicada nessa semana no jornal O Globo pelo historiador Marco Antonio Villa. Leitura obrigatória para quem acredita na democracia e gostaria de ver o Brasil governado por um líder decente à altura do nosso futuro.

O texto do historiador descreve FATOS e não opiniões. A opinião, depois de ler, cada um pode ter a sua, desde que saiba visualizar e interpretar os fatos narrados." (
Ricardo Bocão)

Luiz Inácio Lula da Silva não é um homem de palavra. Proclamou diversas vezes que, ao terminar o seu mandato presidencial, iria se recolher à vida privada e se afastar da política. Mentiu. Foi mais uma manobra astuta, entre tantas que realizou, desde 1972, quando chegou à diretoria do sindicato de São Bernardo, indicado pelo irmão, para ser uma espécie de porta-voz do Partidão (depois de eleito, esqueceu do acordo).

A permanente ação política do ex-presidente é um mau exemplo para o país. Não houve nenhuma acusação de corrupção no governo Dilma sem que ele apoiasse enfaticamente o acusado. Lula pressionou o governo para não "aceitar as pressões da mídia". Apresentou a sua gestão como exemplo, ou seja, nunca apurou nenhuma denúncia, mesmo em casos com abundantes provas de mau uso dos recursos públicos. Contudo, seus conselhos não foram obedecidos.

Não deve causar estranheza este desprezo pelo interesse público. É típico de Lula. Para ele, o que vale é ter poder. Qualquer princípio pode ser instrumento para uma transação. Correção, ética e moralidade são palavras desconhecidas no seu vocabulário. Para impor a sua vontade passa por cima de qualquer ideia ou de pessoas. Tem obtido êxito. Claro que o ambiente político do país, do herói sem nenhum caráter, ajudou. E muito.

Ao longo do tempo, a doença do eterno poder foi crescendo. Começou na sala de um sindicato e terminou no Palácio do Planalto. E pretende retornar ao posto que considera seu. Para isso, desde o dia 1 de janeiro deste ano, não pensa em outra coisa. E toda ação política passa por este objetivo maior. Como de hábito, o interesse pessoal é o que conta. Qualquer obstáculo colocado no caminho será ultrapassado a qualquer custo.

O episódio envolvendo o ministro do Esporte é ilustrativo. A defesa enfática de Orlando Silva não dependeu da apresentação de provas da inocência do ministro. Não, muito pelo contrário. O que contou foi a importância para o seu projeto presidencial do apoio do PCdoB ao candidato petista na capital paulista. Lula sabe que o primeiro passo rumo ao terceiro governo é vencer em São Paulo. 2014 começa em 2012. O mesmo se repetiu no caso do Ministério dos Transportes e a importância do suporte do PR, independentemente dos "malfeitos", como diria a presidente Dilma, realizados naquela pasta. E, no caso, ainda envolvia o interesse pessoal: o suplente de Nascimento no Senado era o seu amigo João Pedro.

O egocentrismo do ex-presidente é antigo. Tudo passa pela mediação pessoal. Transformou o delegado Romeu Tuma, chefe do Dops paulista, onde centenas de brasileiros foram torturados e dezenas foram assassinados, em democrata. Lula foi detido em 1980, quando não havia mais torturas. Recebeu tratamento privilegiado, como mesmo confessou, diversas vezes, em entrevistas, que foram utilizadas até na campanha do delegado ao Senado. Nunca fez referência às torturas. Transformou a casa dos horrores em hotel de luxo. E até chegou a nomear o filho de Tuma secretário nacional de Justiça!!

O desprezo pela História é permanente. Estabeleceu uma forte relação com o símbolo maior do atraso político do país: o senador José Ribamar da Costa, vulgo José Sarney. Retirou o político maranhense do ocaso político. Fez o que Sílvio Romero chamou de "suprema degradação de retrogradar, dando, de novo, um sentido histórico às oligarquias locais e outorgando-lhes nova função política e social". E pior: entregou parte da máquina estatal para o deleite dos interesses familiares, com resultados já conhecidos.

O desprezo pelos valores democráticos e republicanos serve para explicar a simpatia de Lula para com os ditadores. Estabeleceu uma relação amistosa com Muamar Kadafi (o chamou de "amigo, irmão e líder") e com Fidel Castro (outro "amigo"). Concedeu a tiranos africanos ajuda econômica a fundo perdido. Nunca - nunca mesmo - em oito anos de Presidência deu uma declaração contra as violações dos direitos humanos nas ditaduras do antigo Terceiro Mundo. Mas, diversas vezes, atacou os Estados Unidos.

Desta forma, é considerável a sua ojeriza a qualquer forma de oposição. Ele gosta somente de ouvir a sua própria voz. Não sabe conviver com as críticas. E nem com o passado. Nada pode se rivalizar ao que acredita ser o seu papel na história. Daí a demonização dos líderes sindicais que não rezavam pela sua cartilha, a desqualificação dos políticos que não aceitaram segui-lo. Além do discurso, usou do "convencimento" financeiro. Cooptou muitos dos antigos opositores utilizando-se dos recursos do Erário. Transformou as empresas estatais em apêndices dos seus desejos. Amarrou os destinos do país ao seu projeto de poder.

Como o conde de Monte Cristo, o ex-presidente conta cada dia que passa. A sua "vingança" é o retorno, em 2014. Conta com a complacência de um país que tem uma oposição omissa, ou, na melhor das hipóteses, tímida. Detém o controle absoluto do PT. Usa e abusa do partido para fortalecer a sua capacidade de negociação com outros partidos e setores da sociedade. É obedecido sem questionamentos.

Lula é uma avis rara da política brasileira. Nada o liga à nossa tradição. É um típico caudilho, tão característico da América Hispânica. Personalista, ególatra, sem princípios e obcecado pelo poder absoluto. E, como todo caudilho, quer se perpetuar no governo. Mas os retornos na América Latina nunca deram certo. Basta recordar dois exemplos: Getúlio Vargas e Juan Domingo Perón.

MARCO ANTONIO VILLA

O Globo - 25/10/2011

23 outubro 2011

O olhar do teólogo


Dilema difícil: defender ou acusar o Estado! Diminuir o valor do Estado, vituperando-o de corrupção serve altamente aos interesses neoliberais de um Estado mínimo em vista de um Mercado máximo. Sem Estado, campeia a ganância dos gigantes econômicos a massacrar os pequenos. Sem Estado, difícil limitar o poder dos monopólios e oligopólios dominantes. Sem Estado, não há defensor possível do menor. Portanto, não é descartável nem deve ser jogado fora.Defender o Estado envergonha-nos, já que ele se afunda num mar de lamas. São os três poderes que ostentam escandalosa margem de corrupção. Não se sabe a quem recorrer. As barganhas despudoradas são armadas no seio do Estado. Defender o Estado sabe a conivência. Defender o Estado significar manter o campo das manobras das classes dominantes que o ocuparam, o manipulam, o colocam a seu serviço.A solução do dilema aponta para o crescimento da consciência eticopolítica da Sociedade civil. Não para suprir o Estado, mas para forçá-lo a cumprir seu dever. Mantê-lo sim, mas controlá-lo, pedir-lhe conta contínua de suas obrigações. O poder público mal trabalhado pelo Estado, desloca-se para as organizações não governamentais, para as associações comunitárias, para os movimentos sociais, para as iniciativas de grupos da sociedade.Sua eficiência tem-se mostrado no nível menor. Se ainda não conseguem influenciar muito o Estado nas instâncias federais, fazem-no nas municipais. “A cidade é a solução” é uma nova versão do “Small is beautiful” - O pequeno é bonito. Na cidade torna-se mais viável um controle cerrado dos cidadãos sobre seus administradores, legisladores e juízes. A modo de centros concêntricos em lago tranqüilo ferido por uma pedra, as iniciativas progridem em nível de influência até atingir as instâncias federais. E a mídia faz-se a aliada mais importante da luta pelo controle e julgamento do Estado.Aqui deparamos com outro dilema. A mídia impõe-se como a maior potência na sociedade civil em vista da moralização do Estado. Proclama sobre os telhados os conchavos feitos nas alcovas da corrupção. Rasga os véus da impunidade. Joga no lixo da história figuras prepotentes que se julgavam acima de qualquer suspeita. No entanto, ela mesma sofre as mais terríveis pressões dos poderosos, dos corruptos que lhe pedem conivências, mentiras, calúnias em prol de barganhas, de dinheiros fáceis. E aí o casamento entre um Estado corrupto e uma mídia venal torna-nos quase impotentes. Dois Golias contra o Davi da consciência ética civil.No entanto, Davi venceu o Golias. Tirou do alforje sua funda e com uma pedrinha e em lance certeiro derrubou-o. A funda da organização popular dos cidadãos com sua pedra pequenina, se lançada com destreza, tem poder de arrebentar os miolos de poderes iníquos. Jesus já nos ensinou que as trevas da maldade não suportam a luz da justiça, da ética, da solidariedade, da verdade, da transparência. Só ela espanca tanta escuridão em nosso país. Não se espera de cima nenhuma solução. Vem da percepção popular com sua indignação ética. Temos direito de sonhar com um Estado limpo da corrupção, com uma mídia independente do poder econômico a serviço da verdade e da honestidade. Temos direito de sonhar com um Brasil diferente, alternativo à ocupação forçada e perversa que vem sendo mantida por poderes exploradores desde seu alvorecer. Se de geração em geração os senhores da exploração vem passando o bastão do poder de um para o outro, desponta o tempo de romper esse jogo de revezamento com novos jogadores de outra equipe. Estamos aproximando-nos do tempo de constitui-la pelo nosso voto.

J. B. Libanio - Jornal de Opinião 

17 outubro 2011

15 outubro 2011

ENFRENTANDO O CRACK


Compartilho com vocês site do programa de enfrentamento ao crack, do governo federal.

Neste site existe material didático de apoio construídos com base em conhecimentos científicos atualizados, que podem subsidiar iniciativas voltadas à prevenção e a recuperação de usuários de crack e outras drogas.



25 setembro 2011

Um milhão de pessoas na Avenida Paulista pela demissão de toda a classe política (ainda sem data marcada)

Este e-mail vai circular hoje e será lido por centenas de milhares de pessoas. A guerra contra o mau político, e contra a degradação da nação está começando. Não subestimem o povo que começa a ter conhecimento do que nos têm acontecido, do porquê de chegar ao ponto de ter de cortar na comida dos próprios filhos! Estamos de olhos bem abertos e dispostos a fazer tudo o que for preciso, para mudar o rumo deste abuso.
Todos os ''governantes'' do Brasil até aqui, falam em cortes de despesas - mas não dizem quais despesas - mas, querem o aumentos de impostos como se não fôssemos o campeão mundial em impostos.
Nenhum governante fala em:
1. Reduzir as mordomias (gabinetes, secretárias, adjuntos, assessores, suportes burocráticos respectivos, carros, motoristas, 14º e 15º salários etc.) dos poderes da República;
2. Redução do número de deputados da Câmara Federal, e seus gabinetes, profissionalizando-os como nos países sérios. Acabar com as mordomias na Câmara, Senado e Ministérios, como almoços opíparos, com digestivos e outras libações, tudo à custa do povo;
3. Acabar com centenas de Institutos Públicos e Fundações Públicas que não servem para nada e, têm funcionários e administradores com 2º e 3º emprego;
4. Acabar com as empresas Municipais, com Administradores a auferir milhares de reais/mês e que não servem para nada, antes, acumulam funções nos municípios, para aumentarem o bolo salarial respectivo.
5. Acabar com o Senado e com as Câmara Estaduais, que só servem aos seus membros e aos seus familiares. O que é que faz mesmo uma Assembleia Legislativa (Câmara Estadual)?
6. Por exemplo as empresas de estacionamento não são verificadas porquê? E os aparelhos não são verificados porquê? É como um táxi, se uns têm de cumprir porque não cumprem os outros? E como não são verificados como podem ser auditados?
7. Redução drástica das Câmaras Municipais e das Assembléias Estaduais, se não for possível acabar com elas.
 8. Acabar com o Financiamento aos partidos, que devem viver da quotização dos seus associados e da imaginação que aos outros exigem, para conseguirem verbas para as suas atividades; Aliás, 2 partidos apenas como os EUA e outros países adiantados, seria mais que suficiente.
9. Acabar com a distribuição de carros a Presidentes, Assessores, etc.., das Câmaras, Juntas, etc., que se deslocam em digressões particulares pelo País;
10. Acabar com os motoristas particulares 24 h/dia, com o agravamento das horas extraordinárias... para servir suas excelências, filhos e famílias e até, as ex-famílias...
11. Acabar com a renovação sistemática de frotas de carros do Estado;
12. Colocar chapas de identificação em todos os carros do Estado. Não permitir de modo algum que carros oficiais façam serviço particular tal como levar e trazer familiares e filhos, às escolas, ir ao mercado a compras, etc.;
13. Acabar com o vaivém semanal dos deputados e respectivas estadias em  em hotéis de cinco estrelas pagos pelos contribuintes;
14. Controlar o pessoal da Função Pública (todos os funcionários pagos por nós que nunca estão no local de trabalho). HÁ QUADROS (diretores gerais e outros) QUE, EM VEZ DE ESTAREM NO SERVIÇO PÚBLICO, PASSAM O TEMPO NOS SEUS ESCRITÓRIOS DE CONSULTORIAS A CUIDAR DOS SEUS INTERESSES....;
15. Acabar com as administrações numerosíssimas de hospitais públicos que servem para garantir aos apadrinhados do poder - há hospitais de cidades com mais administradores que pessoal administrativo... pertencentes Às oligarquias locais do partido no poder...
16. Acabar com os milhares de pareceres jurídicos, caríssimos, pagos sempre aos mesmos escritórios que têm canais de comunicação fáceis com o Governo, no âmbito de um tráfico de influências que há que criminalizar, autuar, julgar e condenar;
17. Acabar com as várias aposentadorias por pessoa, de entre o pessoal do Estado e entidades privadas, que passaram fugazmente pelo LEGISLATIVO.
18. Pedir o pagamento da devolução dos milhões dos empréstimos compulsórios confiscados dos contribuintes, e pagamento IMEDIATO DOS PRECATÓRIOS judiciais;
19. Criminalizar, imediatamente, o enriquecimento ilícito, perseguindo, confiscando e punindo os ladrões que fizeram fortunas e adquiriram patrimônios de forma indevida e à custa do contribuinte, manipulando e aumentando preços de empreitadas públicas, desviando dinheiros segundo esquemas pretensamente "legais", sem controle, e vivendo à tripa forra à custa dos dinheiros que deveriam servir para o progresso do país e para a assistência aos que efetivamente dela precisam;
20. Não deixar um único malfeitor de colarinho branco impune, fazendo com que paguem efetivamente pelos seus crimes, adaptando o nosso sistema de justiça a padrões civilizados, onde as escutas VALEM e os crimes não prescrevem com leis à pressa, feitas à medida;
21. Impedir os que foram ministros de virem a ser gestores de empresas que tenham beneficiado de fundos públicos ou de adjudicações decididas pelos ditos.
22. Fazer um levantamento geral e minucioso de todos os que ocuparam cargos políticos, central e local, de forma a saber qual o seu patrimônio antes e depois.
23. Pôr os Bancos pagando impostos e, atendendo a todos nos horários do comércio e da indústria.
24. Proibir repasses de verbas para todas e quaisquer ONGs.
25. Fazer uma devassa nas contas do MST e similares, bem como no PT e demais partidos políticos.
26.REVER imediatamente a situação dos Aposentados Federais, Estaduais e Municipais, que precisam muito mais que estes que vivem às custas dos brasileilros trabalhadores e, dos Próprios Aposentados.
27. REVER as indenizações milionárias pagas indevidamente aos "perseguidos políticos" (guerrilheiros).
28. AUDITORIA sobre o perdão de dívidas que o Brasil concedeu a outros países.
29. Acabar com as mordomias  (que são abusivas) da aposentadoria do Presidente da Republica, após um mandato, nós temos que trabalhar 35 anos e não temos direito a carro, combustivel, segurança ,etc.
30. Acabar com o direito do prisioneiro receber mais do que o salario mínimo por filho menor, e, se ele morrer, ainda fica esse beneficio para a família.  O prisioneiro deve trabalhar para receber algum benefício, e deveria indenizar a família que ele prejudicou.
Ao "povo", pede-se o reencaminhamento deste e-mail.
Se tiver mais algum item, favor acrescentar
OBS: Mensagem encaminhada pela minha amiga Maria Denize através de e-mail.

11 setembro 2011

O poder da internet no Controle Social!


Nascido da colisão frontal entre a desfaçatez dos assaltantes de cofres públicos e a indignação de  milhares de jovens em ação no Facebook, o movimento que transbordou da internet para as ruas neste 7 de Setembro ainda engatinha. Por enquanto, o traço comum entre os grupos fundadores é o inconformismo com a corrupção endêmica. Não houve tempo para a montagem de algum programa que estabeça prioridades consensuais e identifique com nitidez as metas a atingir, os alvos imediatos e o inimigo principal. Faltam slogans e palavras de ordem que façam o resumo da ópera eficácia e objetividade. Ainda não existem líderes reconhecidos por todas as alas, o verde-amarelo se alterna com o preto e o nome oficial não foi definido. Embora relevantes, são questões que podem esperar. Os jovens comandantes saberão fazer a melhor opção na hora certa.

Se ainda engatinha, o movimento esbanja saúde, comprovam os resultados da primeira aparição pública. Quem acompanhou o ato de protesto na Avenida Paulista pôde contemplar uma reveladora amostra da novíssima geração de brasileiros ─ um fascinante universo que a imprensa não enxerga e os políticos de todos os partidos desconhecem. Ninguém previu que os jovens insatisfeitos com o Brasil sangrado pela bandidagem de estimação precisariam de apenas um dia para escancarar as rugas, a flacidez, a velhice de entidades, instituições, indivíduos, teorias ou conceitos que, até a véspera, não pareciam tão desoladoramente decrépitos.
A anunciação da primavera brasileira transferiu para o museu das antiguidades do século passado os que subestimam o poder de fogo da internet, os que duvidam do interesse dos moços por questões políticas e os que não acreditam na existência de militantes fora dos partidos. Mal passa dos 20 anos a idade média dos organizadores dos protestos que, ignorados pela imprensa, reuniram milhares de manifestantes mobilizados por redes sociais, sites e blogs. Confrontados com o frescor e a independência dos jovens em guerra contra a corrupção, os matusaléns arrendados da União Nacional dos Estudantes Amestrados, a antiga UNE, foram remetidos ao mausoléu dos pelegos.

A paisagem reinventada da Avenida Paulista exibiu o tamanho do fosso que separa manifestantes e partidos deformados pela senilidade precoce, pela covardia congênita, pelo cinismo vocacional e pela revogação dos valores éticos. Alguns integrantes da Juventude do PSDB apareceram com uma faixa. Tiveram de enrolar a má ideia. Três ou quatro devotos do PSTU apareceram com um estandarte. Foram aconselhados a guardá-lo. Cinco ou seis militantes do PT apareceram com uma bandeira vermelha. Como se recusaram a arriá-la, o pedaço de pano foi queimado ao som de duas palavras de ordem que justificaram o bota-fora de tucanos e socialistas xiitas: Primeira: “Saí daí, otário: o movimento é apartidário”. A segunda começava com o palavrão que rima com o fecho: “Nossa única bandeira é a bandeira do Brasil”.
As inscrições nas faixas e as mensagens gritadas em coro reafirmaram que os manifestantes não estão a serviço de ninguém. Exigem a punição dos corruptos, pedem cadeia para os gatunos, fustigam a turma da ficha suja, recomendam que o dinheiro tungado seja investido em saúde e educação, recordam o escândalo do mensalão e informam que as vítimas do roubo em escala industrial são os pagadores de impostos. Nesta quarta-feira, para não serem associados à oposição oficial, hostilizaram apenas três unanimidades: José Sarney, Jaqueline Roriz e José Dirceu. Três prontuários mais encorpados que os programas dos partidos a que pertencem.
Um movimento gerado pela ladroagem institucionalizada não conseguiria poupar por muito tempo os mentores da decomposição moral do Brasil. Cedo ou tarde, ficaria evidente que não há como marchar contra a corrupção sem tropeçar nos arquitetos do aparelhamento da máquina estatal e no loteamento das verbas dos ministérios. Lula não inventou a corrupção, mas foi ele quem transformou contratos de aluguel em instrumentos de poder. Se há corruptos em todos os partidos, em nenhum lugar do mundo há tantos delinquentes por metro quadrado como num encontro do PT com a base alugada. Em dois ou três meses, os jovens que lutam pela decência teriam de lancetar o tumor em sua fonte.
Foram poupados da opção inevitável pelo açodamento dos blogueiros estatizados e dos jornalistas federais, que vestiram imediatamente a carapuça e simplificaram as coisas. “Nossos corruptos são bons companheiros”, berram nas entrelinhas os palavrórios raivosos que, enquanto tentam reduzir as dimensões dos atos de protesto, investem contra os fantasmas de sempre. Um sacristão da seita maniqueísta já enxergou por trás da manifestação outra sórdida tentativa de derrubar o governo, tramada pela elite golpista, por granfinos quatrocentões e pelos loiros de olhos azuis. Definitivamente, faltam neurônios e sobram neuroses a adoradores de divindades de araque que viraram cúmplices de corruptos juramentados.
Expostos ao Sete de Setembro ensolarado por manifestações que podem moldar um Brasil muito mais luminoso, os porta-vozes do país que parece um grande clube dos cafajestes foram reduzidos a cinzas como dráculas de cinema. Vampiros de cofres públicos e suas velharias domesticadas não suportam a claridade.
Augusto nunes
Fonte: Veja.com

04 setembro 2011

Todos às ruas no dia 7 Setembro!



O Banco Central, perdeu a independência, está atrelado à vontade de Dilma que não tem a menor noção do que isto representará de insegurança no mercado financeiro e aos investidores, que mudarão suas aplicações para mercados mais seguros e não sujeitos a injunções politico-partidárias.

Em seguida, virão a derrubada das sólidas bases herdadas de FHC, tais como, a estabilidade fiscal, câmbio flutuante, metas de inflação, e uma desvalorização brutal do real, o que não impedirá que mais adiante os juros sejam obrigados a subir a niveis estratosféricos, para conter uma inflação que não será facilmente debelada!

O país está nitidamente sem rumo; o PT, via Dirceu, volta a propor o controle dos meios de comunicação, sonho de consumo de Franklim Martins, Marco Aurélio Garcia, e outros fascistas, que não suportam a revelação de suas falcatruas reveladas pela imprensa!

Esperemos que no dia 7 de Setembro próximo, ocorra uma grande manifestação em todo o Brasil contra a corrupção, herança maldita do palanqueiro, e que já era do conhecimento de Dilma, quando ministra da Casa Civil!

Carlos Vereza

Fonte: http://carlosverezablog.blogspot.com

29 agosto 2011

OAB lança site para denúncias de corrupção!

Ordem quer mobilizar a sociedade para fiscalizar o poder público. Advogados vão acompanhar os casos denunciados e cobrar as autoridades

A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) lançou ontem, em Brasília, o site Observatório da Corrupção:


http://observatorio.oab.org.br 


Para receber denúncias e monitorar o andamento das investigações sobre desvios de recursos no poder público. A iniciativa pretende mobilizar a sociedade brasileira para combater ilegalidades nas esferas governamentais. Além disso, outra frente da Ordem é pressionar o Judiciário brasileiro para dar agilidade ao julgamento de casos de corrupção e evitar, assim, a impunidade.
“A sociedade pode transformar, sim, por meio da legítima pressão que ela exerce nos poderes públicos. E ela [a sociedade] deve mobilizar-se para combater essa pandemia que é a corrupção”, disse o pre­­­­­­­sidente da OAB, Ophir Caval­­­cante, durante o lançamento da campanha. Deputados e senadores integrantes da Frente Parla­­­mentar de Combate à Corrupção es­­­tiveram presentes na cerimônia, como o senador Pedro Simon (PMDB-RS) e os deputados Chico Alencar (PSol-RJ) e César Colnago (PSDB-ES).
O Observatório da Corrupção será mais uma ferramenta para fiscalizar o poder público e mobilizar a sociedade (veja outras iniciativas no quadro ao lado). Toda a denúncia apresentada pela população no site da OAB será analisada por advogados integrantes da Comis­­­são Especial de Combate à Corrup­­­ção e à Impunidade da Ordem. Em seguida, o grupo levará o caso até o órgão responsável pela fiscalização ou investigação. Se não houver andamento do caso no prazo de 30 dias, a Ordem promete cobrar novamente das autoridades responsáveis. “Vamos fazer visita ao promotor, ao juiz, ao delegado responsável, e cobrar providências. Se nada for feito, vamos levar às autoridades superiores”, ressaltou Cavalcante.
O internauta que quiser fazer uma denúncia no Observatório encontra um texto com 18 artigos, que são os termos de uso para po­­­der participar. Após a inscrição, ele poderá acompanhar como andam as ações tomadas em relação à denúncia. Para isso, precisará informar sua senha e CPF. A OAB garante o sigilo da identidade dos denunciantes.
Cavalcante disse ainda que na próxima semana o site vai fornecer uma lista com todos os processos antigos, de 1980 até hoje, que tratam de corrupção e que não tiveram solução.
O presidente da Comissão de Combate à Corrupção da OAB, Paulo Brêda, destacou que a corrupção retira recursos de muitos para poucos. “O enriquecimento de poucos contribuiu para a falta de educação de muitos brasileiros”, declarou. A cobrança de agilidade do Ju­­­diciário nos processos de corrupção deverá ser replicada pelos es­­­cri­­­tórios regionais da Ordem em todo o país. No caso do Paraná, in­­­te­­­grantes da OAB-PR deverão visitar juízes e desembargadores no estado que julguem casos deste tipo.
Foro privilegiado
O presidente da Associação dos Ma­­­gistrados Brasileiros (AMB), Nelson Calandra, elogiou a iniciativa da Ordem, mas destacou que isso não é suficiente para resolver o problema da corrupção no Brasil. Segundo ele, é preciso acabar com o foro privilegiado e diminuir a quantidade de recursos possíveis na Justiça. “Eu tenho certeza que esse Observatório vai sinalizar e fazer toda a diferença no acompanhamento desses casos. Mas isso não vai adiantar se o Brasil não abo­­­lir o foro privilegiado para autoridades. O STF não tem condições de acompanhar todos os processos”, disse.

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