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19 maio 2011

Antonio Palocci - Enriquecimento vergonhoso!

No meio do caminho tinha uma pedra

“Nomeio do caminho tinha uma pedra 
Tinha uma pedra no meio do caminho 
Tinha uma pedra 
No meio do caminho tinha uma pedra”. 
(Carlos Drumond de Andrade)

São inúmeras as “pedras no meio do caminho” da trajetória política brasileira. As “retinas fatigadas” de todo cidadão que acompanha minimamente o comportamento e as decisões políticas bem sabem quais são essas pedras. Aparecem como verdadeiros fantasmas difíceis de exorcizar. Ou como entraves históricos e estruturais que facilmente são naturalizados como coisas do dia-a-dia. Os cientistas sociais, com destaque para Celso Furtado ou Florestan Fernandes, não se cansam de apontar sua existência e persistência.

Entre tais fantasmas ou entraves, não custa sublinhar alguns: juros altos, inflação recorrente, carga tributária das mais pesadas do planeta, endividamento crônico e a velha dependência do mercado internacional. Mas faltaria ainda assinalar o nepotismo, o centralismo, o populismo personalista, o coronelismo, para não falar de outros “ismos” que, como chagas purulentas vão corroendo o tecido social e fazendo desacreditar dos contratos e promessas políticas. Em meio a esse terreno minado, os mandatos como que vão passando de pai para filho, numa disputa ferrenha no interior das classes dominantes pelos cargos públicos.

No decorrer dos séculos, sem exceção das últimas décadas, tropeçamos nessas pedras com uma frequência que as torna normais ou “naturais”. É natural que um político, seja ele deputado ou senador, ministro ou juiz da mais alta corte, tenha seu patrimônio multiplicado por cinco, dez ou vinte vezes. Com Antonio Palocci, Ministro da Casa civil, as coisas não são diferentes. Naturaliza-se seu rápido enriquecimento com o argumento de que “vários políticos fazem a mesma coisa”. Ao invés de combater o pecado, justifica-se o pecador com a alegação de que ele é “apenas mais um” entre tantos outros. Generaliza-se para encobrir o erro. Aplica-se aqui o conceito de patrimonialismo de Raymundo Faoro.

 Não precisa ser economista nem falar o economês para saber quem paga a conta ou quem vai desatar esses nós da política brasileira. “A corda sempre rebenta do lado mais fraco”, diz com razão o ditado popular. Um exemplo basta como comprovante: para produzir, os empresários pagam juros vultosos; mas, para consumir, os juros que pagam os cidadãos são mais elevados ainda, muito mais elevados! Prova disso está nos juros do cartão de crédito, dos empréstimos bancários ou do cheque especial. Sem falar que os custos de produção acabam sendo irremediavelmente repassados para a ponta da cadeia mercantil, que é o consumidor.

Por trás desse processo de economia míope e por trás da carga tributária, encontram-se os gastos estratosféricos e progressivos da máquina governamental, seja ela em nível federal, estadual ou municipal. No interior dessas máquinas mora um vírus que resiste a todo tipo de vacina. Quase impossível erradicá-lo! Uma verdadeira praga que mantém intocável os privilégios da Casa Grande, bem como a cultura da corrupção, do corporativismo e da apropriação privada da rex pública. “Aos companheiros da base governista, tudo; aos outros, a lei”!

Entra governo e sai governo, mas a chaga permanece. Daí a dificuldade de o Congresso Nacional aprovar qualquer projeto que mexa nos benefícios das classes dominantes e tente uma melhor distribuição de renda e riqueza. Dificuldade que contrasta frontalmente com a facilidade de aprovar o aumento para os representantes dos três poderes. Em semelhante quadro, não seria exagero falar de certa promiscuidade entre o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. Quando convém, um protege e legitima o outro; quando não, todos se unem para expor, fritar e linchar politicamente determinado “bode expiatório”. Assim se resolvem os escândalos: frente à estridência denunciatória da mídia, da OAB ou da CNBB, por exemplo, basta enviar algum político medíocre para o patíbulo, e tudo está resolvido. “Melhor que um só morra por todos”! E essa prática diferenciada da justiça acaba comprando o silêncio do público.

Quanto ao cidadão, segue pagando as despesas, não raro descontadas na fonte. E sabendo que será irrisório o retorno em bens públicos. Juros e impostos nem sempre se convertem em melhorias sociais. Ao contrário, parece haver aí uma proporção inversa e perversa:  quanto mais se paga, menos se pode desfrutar dos progressos relativos à saúde, educação, moradia, transportes, segurança, lazer... A tal ponto que a pergunta é inevitável: para onde vão os tributos que, em média, chegam a 40% de tudo o que se produz, se compra e vende e se consome? O cidadão consciente não pode deixar de refletir sobre essa questão!

Pe.Alfredinho

16 maio 2011

A lei homofóbica de Uganda caiu!


Parecia que seria aprovada na semana passada, mas depois da petição com 1,6 milhão de assinaturas entregue ao parlamento, das dezenas de milhares de chamadas telefônicas para nossos governos, das centenas de reportagens na mídiasobre nossa campanha e de uma manifestação global massiva, os políticos ugandenses desistiram da lei!

Estava prestes a ser aprovada -- extremistas religiosos tentaram aprovar a lei na quarta-feira, e então concordaram com uma sessão de emergência sem precedentes na sexta-feira. Mas a cada vez, no espaço de algumas horas, nós reagimos. Um enorme parabéns a todo mundo que assinou, ligou, encaminhou e doou para essa campanha -- com sua ajuda, milhares de pessoas inocentes na comunidade gay de Uganda não acordam nessa manhã enfrentando a execução apenas por causa de quem escolheram amar.

Frank Mugisha, um corajoso líder da comunidade gay em Uganda, enviou-nos essa mensagem: "Corajosos ativistas LGBT ugandenses e milhões de pessoas ao redor do mundo ficaram juntos e enfrentaram essa horrenda lei homofóbica. O apoio da comunidade global Avaaz pesou na balança para evitar que essa lei fosse adiante. A solidariedade global fez uma enorme diferença."

O Alto Representante da Secretaria de Negócios Estrangeiros da União Europeia também escreveu para a Avaaz: "Muito obrigado. Como vocês sabem, em grande parte graças ao lobby intensivo e esforço combinado de vocês, de outros representantes da sociedade civil, da União Europeia e outros governos, mais nossa delegação e embaixadas no local, a lei não foi apresentada ao parlamento esta manhã."

Essa luta não acabou. Os extremistas por trás dessa lei podem tentar novamente dentro de apenas 18 meses. Mas essa é a segunda vez que ajudamos a derrubar essa lei, e nós vamos continuar até que os propagadores do ódio desistam.

Transformar as causas mais profundas da ignorância e do ódio por trás da homofobia é uma batalha histórica e de longo prazo, uma das grandes causas da nossa geração. Mas Uganda tornou-se uma linha de frente nessa batalha, e um símbolo poderoso. A vitória lá ecoa através de muitos outros lugares em que a esperança é extremamente necessária, mostrando que bondade, amor, tolerância e respeito podem derrotar ódio e ignorância. Novamente, um enorme obrigado a todos que tornaram isso possível.

Com enorme gratidão e admiração por essa incrível comunidade, 
Ricken, Emma, Iain, Alice, Giulia, Saloni e toda a equipe Avaaz. 

Destaques na mídia:
Uganda adia votação de lei que prevê a pena de morte para homossexuais:
http://br.noticias.yahoo.com/uganda-adia-vota%C3%A7%C3%A3o-lei-prev%C3%AA-pena-morte-aos-215904319.html 

OBS: Notícia recebida por e-mail, encaminhada por Maria Denize Peixoto

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