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31 dezembro 2011

Ano Novo de Paz por Dom José Alberto Moura*


Iniciamos o ano novo com grandes desejos, principalmente de superação de tantos desafios e consecução de harmonia e paz.

Ao mesmo tempo em que olhamos para Maria como a portadora do Príncipe da Paz, queremos fazer o compromisso de sermos, também nós, os promotores da verdadeira paz, fundada na justiça e no amor. Sem realizarmos o projeto de Deus na vida, nós nos fixamos demais nos projetos pessoais e nos fechamos para a solidariedade com os outros, principalmente se eles não nos ajudam em nossos empreendimentos. O Filho de Deus veio nos ensinar que só nos realizamos e temos vida feliz quando somos capazes de nos doarmos em bem do outro. Assim, a construção da paz só é possível quando fizermos nossa parte para ela acontecer. A paz começa com a unilateralidade de nossa doação a um convívio de justiça, misericórdia, contribuição com o desenvolvimento da comunidade e promoção da política e de políticos que realmente têm grandeza de caráter para trabalharem pelo bem comum.

No ano de eleições precisamos colocar a mão na consciência e termos muito discernimento para olharmos para nossa ação missionária, que nos leva a promover o conhecimento e a vivência dos valores do Evangelho. Nossa ligação da fé com sua prática consequente nos leva a olhar pela promoção da vida plena, em que os mais deixados de lado tenham vez. As eleições municipais são importantíssimos meios para mudarmos muita coisa do que está errado na inclusão social dos mais empobrecidos. Formar a boa consciência política nos leva a indicar pessoas de qualidade moral e capacitadas para o exercício do mandato executivo e legislativo. Quem quer paz, na dimensão humana e cristã, é levado a superar todo tipo de corrupção ativa e passiva.Ninguém pode comprar ou vender voto, por isto ser coisa imoral e anti-cidadã. Quem já tem a máquina pública em mãos e vai disputar a reeleição, se não tiver altivez ética possui mais força para usar meios de corrupção para angariar votos. É preciso haver a consciência de cidadania dos eleitores para não se deixarem enganar.

Em sua mensagem de paz para o dia primeiro do ano novo, o Santo Padre sublinha o valor da educação à juventude para a justiça e a paz. É preciso saber escutar e valorizar o mundo jovem. É dever da sociedade.

De fato, a juventude deve formar nova base para uma sociedade de pessoas cônscias de sua cidadania para a promoção da vida, da autêntica liberdade e da paz. Ela deve ser formada para a valorização da vida, superando os mecanismos de morte, como a má formação da família, a lesão dos direitos, todo tipo de vício, desrespeito aos valores éticos, da boa política, da justiça e da solidariedade. Só assim se forma e se tem o resultado da paz. A família bem constituída dá base de sustentabilidade da boa formação da juventude.

O novo ano seja de grande progresso na nossa ação missionária de implantação dos valores do Evangelho da paz.
Constatamos que não basta apresentar o desejo do ano novo feliz. É preciso haver o compromisso e o real esforço para promovermos a cultura da justiça e da paz.



* É arcebispo metropolitano de Montes Claros. É presidente do Regional Leste II da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) para o quadriênio 2011-2015. Foi presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o Diálogo Ecumênico e Interreligioso da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) de maio de 2007 a maio de 2011. Nasceu em Ituiutaba, Minas Gerais, em 23 de outubro de 1943. Pertence à Congregação dos Sagrados Estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo (CSS). Foi nomeado arcebispo metropolitano de MOC em 07 de fevereiro de 2007, tomando posse nesta Igreja particular em Missa Solene no dia 14 de abril do mesmo ano. Foi ordenado sacerdote estigmatino em 09 de janeiro de 1971.

 
Publicado em www.arquimoc.org.br desde 29/12/2011

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