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PARTICIPAÇÃO POPULAR PODEREMOS COMEMORAR AVANÇOS..
Prezados(as) Seguem três
novas notícias que tratam do ritmo do debate em torno da 'reforma política' nos
bastidores do Congresso e apontam algumas posições dos partidos.
Depois que a presidente Dilma Rousseff - revendo declaração em contrário - enfatizou, sob aplausos do Congresso, a necessidade de aprovação de uma reforma política, em mensagem lida no Parlamento, na semana passada, o assunto voltou à tona e mobiliza deputados e senadores, que já se preparam para um novo esforço de votação neste primeiro semestre - o que pode ser, no entanto, novamente inócuo.
Depois que a presidente Dilma Rousseff - revendo declaração em contrário - enfatizou, sob aplausos do Congresso, a necessidade de aprovação de uma reforma política, em mensagem lida no Parlamento, na semana passada, o assunto voltou à tona e mobiliza deputados e senadores, que já se preparam para um novo esforço de votação neste primeiro semestre - o que pode ser, no entanto, novamente inócuo.
Levantamento feito pelo
Valor , com líderes de 16 partidos da Câmara - que reúnem 501 dos 513 deputados
da Casa -, mostra uma divisão de forças que está longe de favorecer a
aglutinação em torno de uma proposta mais ousada de mudança do sistema
eleitoral. A lista fechada - pela qual os eleitores passariam a votar só em
partidos - perdeu força. O modelo que nos últimos anos tem centralizado o
debate é apoiado pelos líderes de PT, DEM, PSC, PCdoB, PV, PPS e PSOL. Isso
representaria a preferência de 192 deputados, sem descontar as inevitáveis
defecções - que contribuíram em muito para a derrota da proposta em 2007,
quando, por exemplo, 27 dos 71 petistas em plenário não seguiram a orientação
do partido.
Outro sinal de que a
lista fechada entraria no debate com menos fôlego é o fato de a maioria dos
líderes de legendas adeptas do sistema terem citado modelos alternativos, com
mais chances de aprovação, como a lista flexível - que permite ao eleitor
escolher um candidato e mudar a ordem prévia do
partido. No caso do PV, a lista preordenada seria apoiada, mas a preferência
viria depois do distrital misto - sistema que, em sua versão clássica, alemã,
elege metade dos parlamentares pela lista fechada e metade pelo voto
majoritário em circunscrições de um só representante (voto distrital puro). PV,
PTdoB e PRB, que totalizam 126 deputados, citaram o distrital misto.
O maior golpe contra a
lista fechada, no entanto, vem do PMDB. O partido, que apoiava a proposta
abraçada com entusiasmo pelas cúpulas de PT e DEM, agora cerra fileiras na
ideia patrocinada pelo PP: o distritão. Tido como um projeto que incentiva o
personalismo - em contraste com o voto partidário da lista fechada - o
distritão empolga também o PR e reuniria, assim, 162 votos.
A principal diferença
entre o distritão e o modelo atual, de lista aberta, é que os candidatos seriam
eleitos exclusivamente pelos seus votos. Em São Paulo , por exemplo,
os 70 mais votados seriam eleitos para a Câmara dos Deputados. Não haveria mais
o chamado quociente eleitoral, que exige dos partidos um patamar mínimo de
votação como primeiro critério de distribuição das vagas.
O distritão foi
apresentado em 2007 como uma proposta de emenda constitucional (PEC) pelo
senador Francisco Dornelles (RJ), presidente do PP, e pelo então líder do
partido na Câmara, Mário Negromonte (BA), atualmente ministro das Cidades.
Desde então, ganhou força e entusiastas. Os principais líderes do PMDB o
defendem: o vice-presidente da República, Michel Temer, o líder e o vice-líder
do partido na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN) e Eduardo Cunha (RJ), e o
presidente do Senado, José Sarney (AP).
O apoio declarado de
líderes de peso dá uma nova inflexão ao debate. Se a direção do PT sempre
demonstrou mais determinação na reforma política e com isso moldou-a a seu
gosto, agora é a vez do PMDB, que parece querer fazer o mesmo.
No dia 1º, ao se
reeleger para o quarto mandato à frente do Senado, José Sarney declarou que
dará alta prioridade ao assunto e já criou uma comissão especial. Henrique
Eduardo Alves afirma que a reforma política será o item número 1 da pauta do
PMDB na Câmara, antes da reforma tributária. "A lista fechada não
conseguiu apoio até agora e vai ficar se falando, falando....
Penso em algo que possa
ser aprovado", disse o deputado. O principal argumento dos defensores do
distritão é que ele acabaria com a possibilidade de um candidato se eleger com
menos votos do que outro que ficou de fora. Na disputa do ano passado, no Rio
de Janeiro, 56 candidatos que ficaram na suplência tiveram votação maior que a
do último dos 46 eleitos, Jean Wyllys (PSOL). O ex-participante do programa Big
Brother Brasil (BBB) conquistou apenas 13.018 votos, mas foi puxado pela
popularidade do colega de partido, Chico Alencar, que obteve mais de 240 mil.
Outra vantagem apontada
é que o distritão, ao abolir a necessidade de os partidos atingirem o quociente
eleitoral, reduziria o número de candidatos e
legendas. Para o líder do PR, Lincoln Portela, os partidos não ficarão mais
como "barata tonta" atrás de candidatos que só têm 2 ou 3 mil votos
para inchar o total dado às suas listas. O modelo, defende o deputado,
enxugaria o número de partidos.
A lógica é que, sem a
exigência do quociente eleitoral, se extinguiriam naturalmente também as
coligações partidárias e, logo, as pequenas legendas, que se apoiam nas
alianças eleitorais para sobreviver. "Infelizmente, o debate da reforma
política tem ocorrido como aqueles times de futebol que só jogam por um lado do
campo, só pela esquerda, por exemplo.
Pensam que só é lista
fechada. Esse sistema é retrógrado, horroroso", diz Portela, ao citar o
risco de oligarquização dos partidos. Para o grupo de legendas favoráveis à
lista fechada, o distritão é que deve ser evitado, por estimular o personalismo
na arena eleitoral. "Temos que fugir de qualquer modelo distrital,
majoritário, que personaliza a disputa e subverte a representação",
defende Paulo Teixeira (SP), líder do PT.
Se no sistema
proporcional de lista aberta, como o adotado pelo Brasil, é grande a quantidade
de candidatos que se elegem com menos votos que outros, no sistema majoritário,
lembra o deputado, a distorção ocorre na representação dos partidos. No Reino
Unido, por exemplo, em 1974, num caso extremo, o Partido Liberal alcançou uma
votação nacional de 19,3%, mas levou apenas 2,2% das cadeiras do Parlamento.
Por causa dessa
distorção, nem sempre radical, porém sistemática, que lhes prejudica, os
liberais são os maiores defensores de uma reforma política britânica em direção
a um sistema mais proporcional. O modelo brasileiro, com distritos muito grandes,
entre 8 e 70 cadeiras, para as eleições à Câmara, faria com que o resultado
ainda fosse bem mais proporcional que as do Reino Unido ou dos Estados Unidos,
onde os distritos são uninominais (só uma vaga em disputa).
O problema maior, segundo seus críticos, seria o aumento do individualismo e o enfraquecimento dos partidos. "Nesse ponto, o PT converge com a gente. Hoje a política não é programática, privilegia o dinheiro, campanhas milionárias, e estruturas de poder", afirma Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), líder do DEM, para quem o risco de caciquismo da lista fechada pode ser evitado com uma reforma partidária que estimule a democracia interna das legendas.
O problema maior, segundo seus críticos, seria o aumento do individualismo e o enfraquecimento dos partidos. "Nesse ponto, o PT converge com a gente. Hoje a política não é programática, privilegia o dinheiro, campanhas milionárias, e estruturas de poder", afirma Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), líder do DEM, para quem o risco de caciquismo da lista fechada pode ser evitado com uma reforma partidária que estimule a democracia interna das legendas.
O PSDB, marcado pela
posição ambígua nas discussões anteriores, está menos indeciso. Mas não a ponto
de se alinhar automaticamente às propostas principais. Sua preferência é pela
criação de um sistema distrital com circunscrições que elegeriam cinco
representantes. O líder do partido, Duarte Nogueira (SP), nega que o sistema
tornaria a política mais paroquial. "Essa possibilidade até cabe no
distrital puro [uninominal]. Mas com cinco cadeiras, em São Paulo , por exemplo,
os deputados responderiam a um eleitorado de 1,5 milhão de pessoas",
rebate Duarte, que divide a autoria do projeto com os colegas paulistas Mendes
Thame e Emanuel Fernandes.
A divisão dos tucanos,
contudo, pode se repetir. No Senado, o ex-governador de Minas Gerais Aécio
Neves é adepto do distrital misto. Ele participará da comissão especial ao
lado, entre outros, dos ex-presidentes Fernando Collor (PTB-AL) e Itamar Franco
(PPS-MG).
A Câmara também terá sua
comissão especial, anunciada anteontem pelo presidente da Casa Marco Maia. Veto
às coligações eleitorais tem o apoio dos líderes de 326 deputados Valor De São
Paulo 10/02/2011.
Apesar da discordância
em relação ao sistema eleitoral, três propostas encontram amplo apoio dos
deputados. Mesmo legendas pequenas, potenciais beneficiárias das coligações
eleitorais, como PSOL e PV, se disseram a favor do fim das alianças. O bloco
favorável soma 326 deputados. Foram contra apenas PCdoB, PTdoB, PRB, PDT e PSB.
O líder do PT, Paulo Teixeira, afirmou que o projeto da lista fechada não está
associado ao fim das coligações, que poderiam permanecer.
Outro ponto mais
consensual, o financiamento de campanha exclusivamente público é defendido por
todos que apoiam a lista fechada, quase como consequência dela. Mas opções
pelas quais políticos receberiam recursos do Estado também são apontadas por
quem é contra a lista preordenada.
O líder do PR, Lincoln
Portela, defende um modelo facultativo: cada partido optaria ou pelo
financiamento público ou pelo privado. Giovanni Queiroz (PDT) vai longe e
sugere modelo que combinasse ambos. "O Estado poderia dar R$ 100 mil para
a campanha de cada candidato a deputado federal e criaria-se um teto até onde o
candidato buscaria recursos privados", diz.
A criação de um período
determinado, uma "janela", para a troca de partido tem apoio quase
unânime - o que demonstra que o ponto deve ser prioritário na agenda de votação.
A queixa dos parlamentares é que o TSE teria criado uma "camisa de
força" para a classe política. Só o PSC é contrário. Na consulta feita
pelo Valor , o líder do partido, Ratinho Júnior, foi o mais intransigente em
relação à fidelidade partidária. "A curto prazo, poderia ser maravilhoso
para o PSC, mas a longo prazo sou totalmente contrário. Também pode perder
muita gente no futuro", afirma. Isso mostra que o Partido Social Cristão
mudou da água para o vinho.
Depois que o Tribunal
Superior Eleitoral (TSE) estabeleceu, em 2007, que o mandato pertence ao
partido e não ao político, a legenda foi a única a ajuizar uma Ação Direta de
Inconstitucionalidade (ADI) no Supremo Tribunal Federal contra a decisão do
TSE. Hoje, o PSC é a favor da lista fechada, do financiamento público de
campanha e da fidelidade partidária. A explicação? Se antes o partido era um
minúsculo e potencial beneficiário das regras mais permissivas que permitiam o
troca-troca de partido, hoje se vê numa posição de proteger o patrimônio conquistado.
É a sigla que mais
cresceu nas últimas três eleições, passando de um para 17 deputados. (CK)
Propostas dos partidos incluem até a extinção da Justiça Eleitoral autônoma
Valor De São Paulo 10/02/2011 Nada de lista fechada, voto distrital ou em distritão. Para o
líder do PTB, Jovair Arantes (GO), a maior prioridade de uma reforma política
seria uma proposta radical: o fim da Justiça Eleitoral como um corpo técnico
autônomo, de magistrados. "A reforma política
deve abranger tudo. Vamos botar o dedo na ferida.
Temos democracia forte.
Não precisamos de uma guardiã", defende Arantes. O deputado critica a
judicialização da política e reclama que os candidatos hoje precisam passar por
um "terceiro turno", os tribunais, para terem seus mandatos
confirmados.
O modelo de Justiça
Eleitoral vigora no Brasil desde a Revolução de 30. Mas o petebista sugere a
adoção do sistema americano, no qual os partidos são os protagonistas.
Nos Estados Unidos, esse
tipo de Justiça Eleitoral é alvo de intensas críticas em razão de favorecimento
a aliados. Um dos casos mais notórios foi a definição da eleição presidencial
de 2000, a
favor de George W. Bush, na recontagem de votos na Flórida, então governada por
seu irmão mais novo, Jeb Bush. "E hoje não tem interferência do
Judiciário?", rebate Arantes.
O líder do PTB reclama
da expansão de uma suposta "indústria de advogados" e ressalta que o
novo modelo de Justiça Eleitoral poderia contar, além dos partidos, com
entidades da sociedade civil, como OAB e ABI. Líder do PCdoB, Osmar Júnior
também critica a judicialização da política. Mas afirma que ela tem ocorrido
menos pela falta de leis - ou seja, pelo fato de o Legislativo abdicar de seu
papel de legislar - do que pela falta de poder do Parlamento. Ele cita a mais
recente polêmica, na qual o STF decidiu que o suplente deve ser do mesmo
partido que o do titular.
A interpretação da Corte
muda a regra, em vigor há décadas, segundo a qual os substitutos seguem a ordem
da coligação. "O Judiciário atropelou", diz. Questionados sobre que
pontos da reforma política poderiam entrar na agenda, os líderes mencionaram
desde a introdução do parlamentarismo (PPS); a criação de uma cláusula de
barreira de 5% (PSDB); o voto facultativo e a indicação do segundo colocado
como suplente de senador (PR); e o casamento das eleições municipais com as
estaduais e presidenciais (PMDB). "Para nós, a reforma deve ser mais ampla
do que a discutida. E incluir mecanismos de participação popular, como o
plebiscito, o referendo e o recall de mandatos", propõe Ivan Valente
(PSOL-SP).
OBS: Notícia
encaminhada, através de e-mail, pelo meu amigo Márcio de Caratinga/MG
2 comentários:
Bom dia,Odete!
O que podemos fazer??
Um assunto que anda me tirando o sono é sobre a educação!
Procurei informações no site ,mas no site do governo a educação é maravilhosa!!Tudo funciona...no site.
Se foi ou não aprovado a lei para colocar as crianças com 4 anos, na escola???E vão ter oito para se alfabetizar?????
Sabe me explicar??
**Estou preocupada!!Por aqui o ensino está fraco, como vai ficar?
E que interesse as crianças vão ter em ir na escola, se ficarem enrolando,todo este tempo!!
Beijos!!
Olá, passei pra dar uma espiadinha...
Reforma política? Só vendo pra crer...
bjussss
Volto agora pro tronco...Sinhazinha tá me chamando...
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